sábado, 27 de setembro de 2014

Nas entrelinhas do Lobato

José Bento Monteiro Lobato nasceu no dia 18 de abril de 1882, filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Com uma literatura infantil pretendia mudar o pensamento das crianças, tornando-as críticas em relação à sociedade, em geral.

Em toda sua vida, criticou, ferrenhamente, qualquer tipo de plágio no que diz respeito à forma de artes de outros países. Um exemplo disto é um artigo publicado pelo mesmo denominado “Paranóia ou Mistificação?”, em que  critica Anita Malfatti pela influência em sua arte de movimentos futuristas europeus, no sentido de quebrar qualquer lei construída até então. Lobato não era contra movimentos artísticos  revolucionários, mas o era em relação ao que ele chamava de macaquices, ou seja, a cópia descarada.
Com ideais de revolução não-armada, criou a editora “Monteiro Lobato e Cia”, em 1918, iniciando, então, o processo editorial brasileiro.  Alguns anos depois Lobato publicou seus primeiros livros como: ”Urupês”, “Cidades Mortas” e “Negrinha”; nestes, segundo Marisa Lajolo, traz o melhor da brasilidade, presente em nossas esquinas.
Lobato “causou” também nos Estados Unidos, onde publicou seu livro “O Presidente Negro e o Choque de Raças”, este não foi muito aceito, porém sua audácia ao publicar este tipo de livro, é algo admirável. Entretanto, uma de suas obras mais incríveis fora publicada em território nacional, nesta Lobato defendia, firmemente, a extração de Petróleo em território nacional, embora, segundo o mesmo, toda ação governamental fora oposta a sua iniciativa. Este livro foi conhecido como “O escândalo do petróleo e Georgismo e comunismo”. Neste, ainda, Lobato descreve a carta que fizera para Getúlio Vargas, acusando-o de omitir todo aquele esquema para impedir que o território brasileiro fosse explorado em relação às suas jazidas petrolíferas. Getúlio achou que a carta era ofensiva e, por isso, Lobato fora preso, mas não desistiu, enviando outra carta irônica quando saíra da prisão.

O autor no final do livro se diz adepto ao Georgismo, admitindo, implicitamente, que perdera todas as suas forças para a luta a favor da exploração petrolífera. Esta teoria defende a idéia de que todos os problemas econômicos seriam resolvidos através do “Imposto Único” sobre a terra.

Este texto exemplifica, resumidamente, como fora a vida de Lobato e todo seu engajamento para com o progresso desta nação, embora, muita das vezes, não possuiu apoio algum. José Bento Monteiro Lobato, morreu em 4 de julho de 1948 vítima de um derrame, porém permanece vivo nos ideais de quem sonha com um Brasil melhor.
Caio Muzzi


Obs.: Este  texto foi publicado pelo aluno  Caio Muzzi  quando o blog ainda estava hospedado na  plataforma Wordpress
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