José Bento Monteiro Lobato nasceu no dia
18 de abril de 1882, filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e
de Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Com uma literatura infantil
pretendia mudar o pensamento das crianças, tornando-as críticas em
relação à sociedade, em geral.
Em toda sua vida, criticou,
ferrenhamente, qualquer tipo de plágio no que diz respeito à forma de
artes de outros países. Um exemplo disto é um artigo publicado pelo
mesmo denominado “Paranóia ou Mistificação?”, em que critica Anita
Malfatti pela influência em sua arte de movimentos futuristas europeus,
no sentido de quebrar qualquer lei construída até então. Lobato não era
contra movimentos artísticos revolucionários, mas o era em relação ao
que ele chamava de macaquices, ou seja, a cópia descarada.
Com ideais de revolução não-armada, criou
a editora “Monteiro Lobato e Cia”, em 1918, iniciando, então, o
processo editorial brasileiro. Alguns anos depois Lobato publicou seus
primeiros livros como: ”Urupês”, “Cidades Mortas” e “Negrinha”; nestes,
segundo Marisa Lajolo, traz o melhor da brasilidade, presente em nossas
esquinas.
Lobato “causou” também nos Estados
Unidos, onde publicou seu livro “O Presidente Negro e o Choque de
Raças”, este não foi muito aceito, porém sua audácia ao publicar este
tipo de livro, é algo admirável. Entretanto, uma de suas obras mais
incríveis fora publicada em território nacional, nesta Lobato defendia,
firmemente, a extração de Petróleo em território nacional, embora,
segundo o mesmo, toda ação governamental fora oposta a sua iniciativa.
Este livro foi conhecido como “O escândalo do petróleo e Georgismo e
comunismo”. Neste, ainda, Lobato descreve a carta que fizera para
Getúlio Vargas, acusando-o de omitir todo aquele esquema para impedir
que o território brasileiro fosse explorado em relação às suas jazidas
petrolíferas. Getúlio achou que a carta era ofensiva e, por isso, Lobato
fora preso, mas não desistiu, enviando outra carta irônica quando saíra
da prisão.
O autor no final do livro se diz adepto ao Georgismo, admitindo,
implicitamente, que perdera todas as suas forças para a luta a favor da
exploração petrolífera. Esta teoria defende a idéia de que todos os
problemas econômicos seriam resolvidos através do “Imposto Único” sobre a
terra.
Este texto exemplifica, resumidamente, como fora a vida de Lobato e
todo seu engajamento para com o progresso desta nação, embora, muita das
vezes, não possuiu apoio algum. José Bento Monteiro Lobato, morreu em 4
de julho de 1948 vítima de um derrame, porém permanece vivo nos ideais
de quem sonha com um Brasil melhor.
Caio MuzziObs.: Este texto foi publicado pelo aluno Caio Muzzi quando o blog ainda estava hospedado na plataforma Wordpress.
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